segunda-feira, 29 de março de 2010

A chuva cai fria queima a pele, o sol brilha quente, mas esfria a alma, o vento sopra forte, rude, mas não me tira do meu lugar, não leva meus pensamentos ruins nem os bons, as pedras pequenas batem em minhas pernas, não dói, não sinto. Na minha boca algo queima naquele dia de inverno, fora de mim frio, mas dentro um calor, um fogo, uma dormência. Na minha pele morena suas mãos brancas se destacavam, meus cabelos se enrolavam em seus dedos, seu cheiro, meu cheiro se misturavam,as vozes que vinham de fora não nos atingiam,estávamos seguros, juntos, como um só. Sentados naquele banco azul de praça, abraçados, as pessoas que passavam não tinham a menor importância. A cidade movimentada, o transito caótico, pessoas gritando, meninos de rua pedindo, tudo que me preocupava se tornará banal. As únicas coisas que eu sentia era sua voz misturada com o canto dos pássaros que nos rodeava, seu cheiro junto ao das flores, nosso corpo na relva molhada de orvalho, afinal eu apenas queria dizer que o abraço mais forte, o sorriso mais suave, e o beijo mais ardente e intensamente apaixonante era o seu.

AMO-TE eternamente.
 

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